O Projeto de Lei 2699/11, que busca assegurar a autonomia das universidades e institutos federais na escolha de reitores e pró-reitores, foi aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) depois de tramitar e ter aprovado na forma do substitutivo apresentado na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. A deputada federal Ana Pimentel (PT-MG), relatora do projeto na CCJC, celebra essa conquista como um avanço fundamental na defesa da democracia e independência das instituições de ensino superior no Brasil.
O PL propõe o fim da lista tríplice, que, desde 1995, era utilizada como método de seleção para reitores de universidades federais. Essa lista, apesar de parecer um procedimento democrático, na prática ameaça a autonomia universitária. Desse modo, permite indicações que não necessariamente refletem a vontade da comunidade acadêmica. Com ela, a decisão final sobre os dirigentes nomeados cabe ao Presidente da República, que deve optar entre os nomes indicados após consulta pública nas instituições.
Com a aprovação do PL na CCJC, a escolha dos reitores e outros dirigentes passará a ser direta, realizada por meio dos votos da comunidade acadêmica. Nos institutos federais, por sua vez, a regra vigente orienta a forma de escolha das e dos dirigentes, mas não obriga o Presidente da República a nomear o mais votado. A redação dada pelo PL 2699/11, na forma do Substitutivo, inclui a obrigatoriedade de nomeação da candidata ou do candidato mais votado. Essa medida fortalece a democracia dentro das instituições de ensino superior, garantindo uma seleção mais alinhada com os interesses e escolhas da comunidade acadêmica.